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2023-11: Warosu is now out of extended maintenance.

/jp/ - Otaku Culture


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10299999 No.10299999[DELETED]  [Reply] [Original]

How lucky!

I remembered /jp/ was about to have quints exactly 10 posts before them.

>> No.10300000

And a 0!

>> No.10300010

janitor... time for some cleanup

>> No.10300006

fuck off

>> No.10300007
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10300007

>> No.10300008

But why?
At least post something interesting!

>> No.10300014

E
P
I
E

>> No.10300017

Nice

>> No.10300026
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10300026

Let's get this shit started

>>10299999
>>10299999
>>10299999
>>10299999

>> No.10300034

>>10300026
Get what started you asshat?

>> No.10300040

>>10300034
This shit

>> No.10300045
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10300045

>>10299999

>> No.10300051

>>10300026
No

>> No.10300052
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10300052

>> No.10300053
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10300053

Saved for awesome GET

>> No.10300055

>>10299999
Why are you even here.

Do you relish the fact that people hate attention whores such as yourself? Just go to /v/ or /b/ where GETS are still relevant.

Also try it without a fucking script next time.

>> No.10300063
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10300063

>>10300055
No need to be so jealous, KoG.

>> No.10300064

Since when does Kaiba have green hair?

>> No.10300065

>>10300055
>>10300055
>>10300055
>>10300055
>>10300055
>>10300055
HOLY SHIT

>> No.10300066

>>10300055
>/b/ and /v/ where GETS are still relevant.
>/b/ and /v/
>doubles on /b/ and /v/
Do you even 4chan grandpa?

>> No.10300069

>>10300055
Get a load of this hypocrite. How can you post that while getting such sick dubs?

>> No.10300075

>>10300055
Nice

>> No.10300079
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10300079

>> No.10300078

>>10300055
MOTHERFUCKER

>> No.10300090

STOP STOP STOP

>> No.10300091

>>10300079
Happy new year!

>> No.10300100
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10300100

>>10300055
siiiiiicckkkk

>>10300053
I got a post of mine screencapped!

>> No.10300102

>le dubs lel cek em so fahnny xD

Epic

Just epic

>> No.10300110

>>10300079
keep up the good work

>> No.10300112

/r/ing fireshot

>> No.10300120

>>10300102
Go back to /a/ shithead

>> No.10300147

Janitor approved thread.

>> No.10300158

dubs

>> No.10300166

>>10300147
GETs were 4chan-approved since /b/, newbie.

>> No.10300197

>>10300166
It's only a GET when all the numbers change you fucking noob

>> No.10300197,1 [INTERNAL] 

Why is the janitor doing this to us?

>> No.10300197,2 [INTERNAL] 

I can't tell if everyond is joking or being serious anymore

>> No.10300197,3 [INTERNAL] 

>>10300197,2
dicks

>> No.10300197,4 [INTERNAL] 

>>10300197,2
I unironically love GETs.

I live for them.

>> No.10300197,5 [INTERNAL] 

>>10300197,4
Why post without your trip Yama?

>> No.10300197,6 [INTERNAL] 

>>10300197,5
Not me d00d, that's another GET lover. Nice 5 by the way.

>> No.10300197,7 [INTERNAL] 

"My name is Brian and I love sucking big juicy cocks" - Brian

>> No.10300197,8 [INTERNAL] 

>>10300197,7
Sick dubs you got there.

>> No.10300197,9 [INTERNAL]  [DELETED] 

>>10300197,6
I like you as KoG because I genuinely have fun with your contributions, but I honestly don't have a clue why do you use your Yama persona to shitpost so much.

I mean, if it were in-cheek /jp/ related stuff it wouldn't be so bad, but you just use /v/ crap most of the time, and that's not funny, it's just shit. You can do better, buddy.

>> No.10300197,10 [INTERNAL] 

>>10300197,6
I like you as KoG because I genuinely have fun with your contributions, but I honestly don't have a clue why do you use your Yama persona to shitpost so much.

­I mean, if it were in-cheek /jp/ related stuff it wouldn't be so bad, but you just use /v/ crap most of the time, and that's not funny, it's just shit. You can do better, buddy.

>> No.10300197,11 [INTERNAL] 

>>10300197,9
>>10300197,10
Get a load of this nerd saging in the archive and not being able to delete his post

>> No.10300197,12 [INTERNAL] 

>>10300197,11
get a load of THIS

*whips out dick*

>> No.10300197,13 [INTERNAL] 

>>10300197,9
Filthy crossboarder trying to lecture Yama-san, kimochi warui.

Nice trashbin.

>> No.10300197,14 [INTERNAL] 

Yama é o KoG mesmo ou eu fui trolado?
Se for você tem meu respeito, bra.

>> No.10300197,15 [INTERNAL] 

>>10300197,14
I shit on your mother, your father, your god, your religion. Talk like that IRL to my face and I will kill you.

My father called Brazilians "good people" infront of me and I went to the kitchen and got a knive and told him: "If you were not my father, if you were just an ordinary American, I would have killed you". He looked at me and laughed, then I cut open the palm of my hand and said: "I wasn't joking..." He looked at me as if he saw a ghost. I left the room to wash my hand and put band aid on it.

>> No.10300197,16 [INTERNAL] 

>>10300197,15
nemly e nemlerey

>> No.10300197,17 [INTERNAL] 

>>10300197,15
Tá bom, cara. Mas não precisava postar com desprezo.

>> No.10300197,18 [INTERNAL] 



Assisti Madoka semana passada, realmente é muito bom, um roteiro e desenvolvimento de personagens excelentes. Nesses dois quesitos acho que o colocaria no meu top 30, talvez top 15 ficando proximo de titulos como , ef a Tale of Memories, FLCL, Gunbuster e Higurashi.

>> No.10300197,19 [INTERNAL] 


Entretanto apesar de alguns compararem madoka como o "Evangelion" dos "Mahou-shoujos", eu já fico com um pé atras. Madoka é sim excelente e uma revolução do estilo, mas faltou um pouquinho mais de capricho para chegar próximo ao nível de Eva ao se tratar de desenvolvimento de personagens e história. Ainda considero ef, como desenvolvimento de personagens, melhor, por exemplo, e a proposta da história de Madoka por si só não é inovadora.

>> No.10300197,20 [INTERNAL] 


O roteiro é sim bem amarrado com conceitos interessantes de física como o "Cold Death" do universo e presença de civilizações avançadas, entretanto ficaram muito largados e um pouco batidos, não são inovadores: A idéia de que a civilização humana se desenvolveu por interferência externa é old e a supervalorização dos "sentimentos" como algo excepcional comparado a outras especies avançadas também é old e, IMHO, forçada. As viagens no tempo dentro do mesmo corpo da Homura e os conceitos de viagem no tempo criando infinitos universos paralelos estão bem desenvolvidos sem contradições aparentes (apesar de a viagem de consciência e não duplicação da personagem ser totalmente fantasiosa), e mesmo sendo uma clara chupação (ou seria homenagem?) a Personagem Sakuya do ZUN, ao invés de achar negativo, eu gostei de ver os feitos da Homura.

>> No.10300197,21 [INTERNAL] 



Apesar de não ter maniqueísmo na série, coisa que acho positiva, a personagem Sakura não convenceu e a confrontação moral da Sayaka a ela na igreja, foi, tosca. Ela é uam sociopata capaz de matar só pelo conforto de lutar menos mas o fato de ter furtado maças é mais grave e logo e perdoado com ela virando "boazinha" "amiguinha" da Sayaka? Meh. Sua história de background também é bem manjada e sem graça.

>> No.10300197,22 [INTERNAL] 


O autor de Madoka realmente parece gostar de fisica quântica e das viagens meio místicas que fazem parte dela, isso está evidente nos conceitos de Cold Death, universos paralelos e na recorrente idéia de ying/yang -> Super simetria, mas está na cara que ele não estudou o suficiente ou então quis adaptar de uma forma forçada mesmo: A idéia de que um milagre traz uma frustração igualmente grande por "karma/destino", não me convence nem um pouco e infelzimente toda a base da história parece estar baseada nessa máxima: A unica pessoa que consegue superar isso vira um deus? Fala sério. Fraco é o minimo para descrever essa idéia. Hideaki Anno como fã de fisica e misticismo fez um mundo MUITO mais rico, complexo cheio de citações de teorias reais de uma forma realista numa época em que nem o Google, nem motoroes de buscam existiam.

>> No.10300197,23 [INTERNAL] 


O maior problema na história esta na escolha óbvia do milagre de desejar desfazer tudo que foi feito da Madoka, logo nos primeiros episódios fica previsível e é bem isso que acontece.

Quanto ao OST eu gostei bastante, apesar da escolha de "Ave Maria" como música do garoto do violino ser ultra-cafona. Para terminar convenhamos que o traçado apesar de diferente é longe de ser um eyecandy e o Estilo dos recortes a la After effects, apesar de psicótico e artisticamente interessante, gera uma repulsão da sensação de imersão na série, coisa que também me incomodou em Bakemonogatari (por sinal foi um dos mesmos caras que produziu bakemono que resolveu reaprovietar esse estilo. uma pena, não gosto, os BDs ficaram um pouco melhores).

Todos esses defeitinhos mostram que madoka tinha potencial de ser MUITO mais, ter MAIS desenvolvimento de personagens mais polidos e poderia ter um pouco menos de clichês em um roteiro um pouquinho mais inteligente, mas apesar disso tudo, por ser bem escrito e ter personagens cativantes, me prendi na série em todos os episódios e daria algo em torno de 8 para a obra. Sinto falta de animes de 26 episódios originais, eles costumam, mesmo com decaimento de qualidade as vezes, ser mais bem explorados.

Madoka sem dúvida foi um dos melhores anime de sua temporada, Apesar de eu considerar Mawaru PenguinDrum superior e com personagens mais bem trabalhados, haters gonna hater mas para se tornar um clássico acho q faltou uma virgulinha a mais, sem dúvida é uma prova de que animes escritos originalmente para televisão tem potencial de superar facilmente adaptações de manga com final em aberto.

>> No.10300197,24 [INTERNAL] 

Infelizmente meus caros, devo dizer que não gostei nadinha deste último episódio e achei ele muito fraco, muito. Foi a nível de filler só para dizer que o festival da escola, onde a magia sempre acontece, está vindo para abrir caminho para o clímax.

Não consegui engolir ter se passado tanto tempo desde o último episódio. Todo aquele tempo a Rikka esteve estranhamente distante e ninguém ter notado nada, ninguém ter questionado o Yuuta, e a Rikka não ter se tocado do que estava sentindo. No episódio anterior ver ela eufórica sem saber o que estava fazendo era natural, o sentimento tinha acabado de despertar e era novo e incompreensível, mas um mês depois ela ficar se comportando daquele jeito sem nenhuma reflexão não convence.
Esse episódio foi só fanservice para os otakinhos moezeiros punheteiros, se essa definição é cabível aqui, porque todo o comportamento da Rikka foi incoerente, só falando lorotas sem parar. Aquele encontro no templo foi uma vergonha alheia enorme da série como um todo. Adicionalmente o Yuuta se igualou a todos os seus outros companheiros protagonistas de anime escolar tapados e virgens endêmicos. A guria pingando para os feromônios dele um mês inteiro e ele não percebe? É muito viadinho... é incrível como esse japoneses conseguem honrar o tão falado pinto pequeno deles, conseguindo me fazendo assistir um anime cheio de Moe Moe Kyon e cherosas e olha só meu pinto como está ó, BROXOU. Nem posso bater uma para aliviar a frustração porque esse episódio foi broxante, vou precisar de um coquetel de viagra para me recuperar.

Estou extremamente decepcionado e desgostoso com os rumos que temo a série irá tomar.
Desculpem o desabafo.

>> No.10300197,25 [INTERNAL] 

A discussão sobre a evolução histórica de qualidade de Animações japonesa, e por consequencia, também de mangas é complexa e cheia de variaveis. Tentarei tratar aqui de uma forma resumida das principais influências que culminaram no gênero MOE nos anos 2000.

Para facilitar essa discussão irei separar essa tese do assunto principal desse tópico e focar mais no ponto da ascensão e suposta "recessão" dos animes.

Os 3 principais pontos são, começando pelo mais importante:

1 e 4 - A falácia de que a qualidade dos animes "em geral" caiu, por culpa do moe.

2 - O paradoxal 'crescimento decadente' da animação japonesa na década de 80 até a revolução da primeira metade da década de 90.

3: O mercado e a produção hoje:

3a - A dinâmica de produção de animes, a quantidade e qualidade de mangas em contraste com a quantidade e qualidade de animes

3b - A decisão econômica das produtoras na escolha de títulos a serem adaptados e de produção de obras originais e seu direcionamento para os nichos mais lucrativos.

3c - A importância que a crise de 2008 teve na decadência desse processo


O primeiro ponto que quero tratar servirá de introdução e só fará sentido após analisar por completo os pontos 3a-c.

>> No.10300197,26 [INTERNAL] 

A discussão acusando MOE de ser o "vilão" que causou um decaimento na qualidade dos animes, e culpando os otakus que o consomem, é relativamente antiga e recorrente em fóruns de discussão, tanto anônimos como blogs e fóruns específicos de animes e manga. Muito dessa discussão recorrente se dá devido ao ódio contra esse nicho composto por otakus virgens e falhos, Neets e seu grande tamanho e importância em sustentar o mercado de animação. Entretanto é uma acusação falsa e falaciosa.

A primeira questão a se tratar é perguntar se de fato é valida essa acusação: A quantidade de títulos de animes bons e excepcionais, não só recheado de fanservice e MOE diminuiu drasticamente? É uma reclamação justa? Mais ou menos, PROPORCIONALMENTE, nas animações, houve sim uma diminuição, mas isso não significa que mangas e ln excepcionais não continuem a ser publicados, quem é mais inteirado na leitura em papel sabe muito bem disso, mas essa tese não é para esse público, mas mais para os casuais e novatos e falaremos só em animação. É evidente sim uma falta de títulos excepcionais nos últimos 3~4 anos, mas ela não é conseqüência do aumento da fanbase de "moe", em relação aos casuais, mas sim, da ascenção e queda da industria culminando na crise de 2008. Resgataremos esse ponto após uma breve aula de história.

Fim da introdução.

>> No.10300197,27 [INTERNAL] 

A produção de animação no Japão cresceu defasada em relação ao principal expoente do ocidente, os estados unidos. A razão é óbvia, os 15 anos de estagnação da economia japonesa apos a segunda guerra. Foi na década de 60 e 70 com bastante incentivo de nomes famosos que todos conhecem como Tezuka e mais tarde Miyazaki, que o mercado de animação japonesa começou a crescer. A década de 80 viveu algumas crises mas no geral um balanço positivo na economia japonesa, e por consequência a quantidade de animações junto com esse "mercado" cresceu imensamente nessa época graças a o mencionado crescimento econômico. O mais importante é lembrarmos que os anos 80 foi a década que o Japão, junto com seu crescimento, sofreu a maior parte do seu maciço processo de ocidentalização de sua cultura, principalmente urbana.

A animação e mangas não escapou desse processo de ocidentalização. Nos Eua, a década de 80 também teve importante boom na cultura pop e de entretenimento e animações e HQs tiveram uma revolução e grande crescimento de influência em todo mundo. Os animes mais pops do Japão, o que conhecemos hoje como "shounens" até tinham alguns pilares culturais particulares nascidos no próprio país como o gênero mecha, mas mesmo nestes, esse processo de ocidentalização foi inevitável.

>> No.10300197,28 [INTERNAL] 

"Os Anos 80 foram um lixo". Essa frase, recorrente em todo mundo, é especialmente verdade ao se falar do processo de 'gadificação' da cultura midiática global. Todo o mundo sofreu uma processo de massificação com o boom da indústria do entretenimento, no Japão não foi diferente com este processo de crescimento decadente também no mercado de animação. Essa época, mangas e animações foram fortemente influenciados pelos Hqs e animações do ocidente. Todos conhecem os infames traços horrorosos de feios dos animes da década de 80, traços mais quadrados compactos e com excesso de músculos e cores vibrantes mais escuras. Esse traçado era típico nos hqs do ocidente da época. Esse traçados acompanhavam, muitas vezes, história bobas de ação com temas de sci-fi a lá filmes B estadunidenses. Tivemos algumas exceções como um dos filmes originais mais importantes de Miyazaki: Nausicaa que teve importante influência na criação do estúdio Ghilbi do mesmo, além do gênero mecha que continuava forte com Gundam e Macross e por fim, resquícios das tendências mais vanguarda da década de 70 como animes casuais predecessores do gênero SoL como Urusei Yatsura. Os anos 80 também viram a consolidação do gênero mahou Shoujo e dos primeiros hentais como Lolita e Cream Lemon, que abririam portas para elementos de sexualidade em animes futuros. Entretanto mesmo com forte importância de Gundam, a proeminência ainda era forte em animes "para meninos" ocidentalizados de lutinhas e ação. O que mandava era o cyberpunk, gênero que nasceu nos EUA (ver neuromâncer) e não é coincidência que o anime mais importante de todos dessa época foi desse gênero: Akira.

>> No.10300197,29 [INTERNAL] 

Agora o que direi poderá ser razão para alguns atacarem todo meu texto e odiarem, mas aqui muitos concordarão comigo:

Convenhamos, Akira tecnicamente foi muito interessante, mas a história é fraca e digna de qualquer filme B, tivemos inúmeros filmes da Ghilbi e depois de Satoshi Kon, infinitamente melhores que a história de Kaneda. Akira teve sua importância porque quebrava um pouco com a tendência de ocidentalização de sua história, mas não na parte de arte e ambientação a lá cyberpunk. Apesar da animação excepcional, o traçado esteticamente questionável, hoje, se visto por um leigo com dublagem em inglês poderia se passar por animação ocidental, ou Seja, a animação japonesa na época estava perdendo personalidade.

Mas então, quando foi que isso mudou? Quando foi que os animes deixaram de ser ocidentalizados? Não vou fazer todo uma história detalhada de todo o processo, mas vou dizer o estúdio mais importante para isso:

Peguem as tochas e foices, o shitstorm é iminente.
GAINAX.

>> No.10300197,30 [INTERNAL] 

Brincadeira a parte, por mais que os haters queiram negar, esse traçado feio, de músculos, corpos compactos e quadrados foi abruptamente abandonado e substituído pelo traçado mais esguios de curvas e ângulos agudos que conhecemos nos anos 90. Esse traçado surgiu na mão de Yoshuyuki Sadamoto, character design e ilustrador importante da Gainax. Seu traçado era mais antigo e tradicional e chegava a modelos de proporção de 7~8 cabeças na anatomia dos corpos, remanescente da década de 70 e totalmente contrastante ao padrão de 6 cabeças dos anos 80. Seu traçado estreiou pela primeira vez com um anime original que fez um tremendo sucesso no Japão em 1990: Nadia: The Secret of Blue Water. Anime esse idealizado por um dos mais importantes nomes da animação japonesa anteriormente citados: Miyazaki e concretizado por outro igualmente importante porém contemporâneo: Hideaki Anno. O sucesso de Nadia, abriu caminho para o projeto seguinte da Gainax que vivia com problemas financeiras, com o mesmo ilustrador, o infâme Neon Genesis Evangelion.

Além do traçado, mais importante foi a quebra dos padrões de roteiros e da estética cyberpunk, Miyazaki viveu o começo da animação japonesa na década de 60 e Hideaki Anno foi um importante fã dos anos de ouro dos super sentais e mechas exclusivamente nipônicos. Anno e Miyazaki não se importavam tanto com as tendências ocidentais e tinham gostos voltados ao estilo nipônico da época que viveram. Eles ajudaram a mudar o já desgastado clima dark-junk-cínico que tanto gerou filmes e literatura B e C na década de 80 para um, também pesado, porém menos sério e caricato, clima único, com pitadas remanescentes de fanservices presentes nos animes onde esse artifício foi cunhado nos anos 70 com Cutie honey e Yurusei Yatsura.

>> No.10300197,31 [INTERNAL] 

Paralelo com Evangelion, também é importante lembrarmos a adaptação do manga inaugural do gênero pós-cyberpunk de Masamanue Shirow que também teve bastante importância para renovar as tendências da década de 80, mas isso fica para outra hora que estou me estendendo demais.

Evangelion foi o marco e o golpe fatal nessa crescente dos anos 80, mas essa época também possuiu alguns títulos paralelos que evoluíram dos animes da década de 70 sem grande influência do ocidente, como já citei anteriormente, uma autora importante foi a autora de Ranma e Urusei Yatsura, Yumiko Takahashi que usava de muito "fanservice" e ecchis em suas obras, uma tendência que já era comum na década de 70. Anterior a Yatsura, talvez o título mais famoso com nus e lutas para agradar o público, compensando a falta de plot, talvez seja Cutie Honey.
Evangelion se influenciou nesses exemplos dos anos 70 (que por sua vez se influenciaram, talvez em filmes ocidentais de ação com sensualidade, como 007) também possui um pouco de fanservice, notavelmente no episódio 2 onde vemos closes da bunda de Misato com seu micro-short e no preview do próximo episódio ela anunciando que teríamos mais "service". Na década de 80 também tivemos a ascensão da sexualidade em animes e eventualmente hentais exclusivos para o público adulto que ajudou a mostrar que esse era um forte mercado em potencial mas foi com a corrente que citei anteriormente do ecchi "gratuito" como "tempero adicional" em uma obra não focada nisso que abriu os pilares pare o que seria revolucionado como moe em 2006 por Suzumiya.

Bom, pulei muitos passos, mas se for tentar elaborar toda essa história com detalhes me perderei e a postagem ficará grande demais, era importante também falar sobre como os anos 70 criaram essa personalidade própria oriental nas animações crescendo de títulos infantis, crus e totalmente cópias do que se fazia no ocidente na década de 60, (apesar de um ou outro título importante como Sally the Witchy que foi a avó de Madoka e os Mahous shoujos que iriam surgir na década de 70 e 80) .
O que importa são os pontos que quis fundar:

>> No.10300197,32 [INTERNAL] 

- O Moe, sendo um tipo de fanservice específico, as vezes tratado apenas como um "sentimento" teve origem no ecchi e fanservices que vêm desde a década de 70, ele sempre esteve presente na animação japonesa
- O crescimento do mercado sofreu um importante boom na década de 80 junto com o crescimento do japão mas com uma tendência infeliz de ocidentalização que felizmente foi quebrada em grande parte por dois títulos originais animados muito influentes da criativa Gainax: Nadia e Evangelion que ajudou a resgatar elementos de personalidade na animação mais "exclusivos do japão"
- Títulos ruins sempre existiram desde a década de 70 e 80 e também na da 90, na verdade eles eram a maioria que foi esquecida com o tempo.

Fim da parte 1. (tópicos 1 e 2)


Parte 2 (tópico 3)

Hora de sair um pouco da evolução das animações abstratamente e falar um pouco objetivamente sobre as companhias por trás dos homens que fizeram os animes e ente dermos o processo de produção.

O que falarei nos primeiros subtópcios aqui será basicamente um resumo de dois artigos que podem ser lidos integralmente aqui:

http://www.animenewsnetwork.com/feature/2012-03-05
http://ocanimeblog.wordpress.com/2012/06/24/original-anime-versus-adaptation-and-a-quick-look-at-production-committees/

O segundo artigo é particularmente interessante porque ele afirma justamente o contrário que haters as vezes tentam defender em suas teses, que a produção de anime está caindo, particularmente de animes originais, ou seja, aqueles animes que não são adaptação de outro mídia e ainda culpam animes moe e otakus tetudos por isso.

>> No.10300197,33 [INTERNAL] 

3a

Vamos começar esse tópico falando de uma característica interessante da cultura japonesa, o processo de criação artístico e intelectual é bem diferente do formato industrial que ocorre nos EUA, os artistas possuem mais autonomia e liberdade para fazer as obras que desejam.

Vamos falar da lei gensakusha, no Japão, o autor original de uma obra a ser adaptada, em geral mangas, mas pode ser um escritor de LN por exemplo, pela lei tem direito de fazer as escolhas principais e inclusive controlar a adaptação da sua obra original da forma que quiser. Isso é claro, não significa que na prática ele seja alguém com a palavra absoluta incontestável, até porque mangakas costumam ser muito ocupados e não podem nem tem tempo de supervisar diretamente todo o trabalho de adaptação da sua obra, além de é claro, "concessões" terem de ser feitas para aceitar fechar o contrato com um estúdio de animação, mas, nesse contrato, graças a lei citada, o autor original por direito ainda mantem bastante autonomia para supervisionar como sua obra será adaptada, mas em geral isso acaba ficando mais em cargo de seu agente, que em muitos casos, mais é, um produtor da editora de manga que serializa sua obra.

Isso torna o processo criativo e artístico no Japão muito mais rico e plural se comparado aos enlatados estadunidenses, onde roteiros são fabricados e alterados com a tirania dos estúdios de gravação e o autor, mesmo quando é um figurão expoente, acaba tendo de ceder a alterações impostas para que sua produção "venda mais". Série de TV são particularmente pobres nesse sentido. Quantas séries de TV de fato possuem uma história complexa linear, sólida com começo meio e fim, que não enrole no meio? E quando novas temporadas surgem do além e o autor resolve mudar toda a história e o roteiro por mais um ano, enchendo de fillers e plot twists para poder vender mais? Mesmo quem não viu LOST sabe a tourobosta que foi para terminar aquela série. Mas bem, isso é assunto para todo um artigo próprio.

>> No.10300197,34 [INTERNAL] 

Voltando, falando em editoras, artistas e em autonomia, é interessante fazermos um breve resumo de como uma manga chega a uma produtora. Muitos mangakas começam a experimentar a produção de histórias logo no colégio e eventualmente faculdade, ainda adolescentes eles acabam entrando em pequenos "círculos" de produtores que irão vender obras independentes, curtas, muitas as quais conhecemos como "doujins" em grandes convenções e feiras. Isso significa que esses mangakas em geral possuem bastante chance e autonomia de fazerem histórias do jeito que querem e com muita independência criativa. É claro que eventualmente um mangaka ira tentar focar para agradar um determinado gênero demográfico mais crescente e analisar as tendências do mercado para ter maior chance de ser chamado por uma produtora grande que produz os famosos "encadernados", ou antologias, nelas suas obras circularão semanalmente ou quinzenalmente por todo Japão graças ao poder dessa produtora assim dando mais visibilidade ao mangaka. As editoras mais pops como as de shounen até podem opinar e estabelecer demandas na obra do autor de acordo com a opinião e gosto do público, mas no fim, o mangaka ainda possui bastante autonomia para fazer a sua história do jeito que ele quiser e em geral a editora apenas faz um trabalho de caça talento de encontrar uma boa obra que encaixe-se em nichos com boa procura.

Novamente a comparação com o processo de criação enlatado dos Eua, podemos fazer uma analogia com como eram as Gravadoras de discos de bandas da década de 60~70 no ocidente. Elas PROCURAVAM bandas boas, com os famosos agentes "caça talentos" e quando achavam algo bom, financiavam aquilo. Mais tarde perceberam que esse processo era demorado, inseguro e ineficiente e com publicidade pesada e todo um processo de industrialização, inclusive na mídia com talkshows, eles poderiam praticamente FABRICAR uma banda ou um sucesso da forma que eles achassem melhor, temos casos de músicas compostas puramente por algoritmo de computador para o American Idol, símbolo máximo da evolução desse processo de produção enlatado de entretenimento. Felizmente No japão isso não ocorre e vemos ainda uma produção individual e legítima em mangas. (É claro que existe bastante coisa ruim como fillers, mas estão mais focados no mercado infantil de shounens, onde é mais fácil enrolar e manipular as crianças.)

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Retornando novamente, falamos de mangas pois são a mídia principal mais adaptada em forma de Anime, de fato, 70% dos animes que são produzidos vem de mangas, e apenas pouco mais de 20% são Light ou Visual novels.
O processo de produção de Light novels é bem similar e comparável ao de animes, então vamos pulá-los até porque não é minha especialidade.

Uma coisa que é importante deixar clara: Muitos leigos e casuais confudem e acham que quem decide, banca e produz os animes são exclusivamente os estúdios de animação, como KyoAni, Shaft, JCstaff e etcetera. Isso não é verdade. Os estúdios de animação possuem os profissionais, conhecimento técnico e equipamento para produção das animações, mas a maior parte das finanças vem de PRODUTORAS e eventuais patrocinadores e distribuidores de DVDs e BDS contratados por essas, com interesses, obviamente, financeiros na consolidação de um anime. Alguns estúdios possuem divisões produtoras próprias e algumas produtras são ramificações de grandes empresas de mídia como Sony, Pony canyon*** é um bom exemplo de uma produtora sem estúdio desse tipo. Outras produtora exclusivas que não possuem estúdio próprio, é a famosa Kadokawa Shoten e a Aniplex. Já um exemplo de um estúdio que também produz além de animar seus próprios títulos seria a production I.G. Um exemplo de um estúdio exclusivo famoso é o Kyoto Animation, temos também o J.C. Parcerias entre dois estúdios para a produção de animes não é incomum, como por exemplo a production I.G. se aliando com a Gainax na produção do filme de Evangelion e a gainax se aliando com a Shaft na produção de Gunbuster, Mahoromatic e He is my master.

Voltando ao mangaka, em geral, apos a produtora ser definida, as conversas se dão mais entre seu produtor (editor) e o estúdio para garantir que a obra saia como o mangaka gostaria, esse editor acaba atuando, então, como seu agente.

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3b

Como ficou claro no tópico anterior, são as produtoras que possuem o dinheiro e conseguem fazer acordo com patrocinadores, e apesar de o mangaka ter boa autonomia em sua obra, coisa que é muito diferente do processo industrial de criação de filmes e séries nos eua, quem toma as decisões críticas é obviamente, o dono do dinheiro. As produtoras possuem forte ligação com os estúdios e eventualmente definem com os mesmos, quais animes preencherão a carga de produção do estúdio para as futuras temporadas, aí entramos no território das obras originais de animação e não as adaptações. Analisando suas finanças, as tendências dos nichos da fanbase, a economia e os títulos anteriores, a produtora então recebe as propostas e pedidos de vários mangakas/editoras e decide se irá fazer uma adaptação, de qual título, baseado ou não em sua popularidade, sua duração, quantas temporadas ou se irá arriscar fazer uma obra exclusiva e inédita.

Ao contrário do que o senso comum trollistico da internet acredita, apesar da queda de produção de animes de 2006 e maior foco em MOE, a quantidade de obras ORIGINAIS, que são TRADICIONALMENTE MAIS ARRISCADAS que adaptações, AUMENTOU nos últimos 2 anos!

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Interessante que nem sempre adaptações são necessariamente seguras e de títulos famosos, um caso interessante é o de chihayafuru que vocês podem checar no artigo do ocanimeblog no começo dessa parte, além do gênero e do título a ser adaptado, o formato e horário de exibição na televisão ocupam importante aspecto no custo da produção do anime. Séries exibidas em um horário mais noturno saem mais baratas, mas acabam tendo uma audiência bem menor, especialmente dos jovens que dormem cedo para ir para o colégio e consequentemente a popularidade e venda de figures e DVDs licenciados, que é o principal retorno de renda da produtra, acaba sendo menor. Cabe a produtora cuidar desta parte político-econômico e negociar com os editores as adaptações necessárias para esse formato enquanto avalia os riscos.

É interessante agora falar como essa remuneração ocorre, no japão, de uma forma única. través quase exclusivamente de DVD/BD com alto preço mas sustentados por uma pequena parcela fanática que coleciona material freneticamente. Isso tem coorelação direta com a teoria de que são os otakus tetudos que sustentam e "estragaram" os animes, já que boa parte daqueles que compra DVD são eles.

De uma forma resumida: No japão, diferentemente do ocidente, a remuneração de venda de dvds vai em maior parte para a produtra que o colocou no mercado e apenas uma pequena parcela fica com as lojas e autores, dessa forma, a maneira única que se estabilizou o mercado no japão, desde a década de 80, é cobrar um preço "premium" por discos e empetecá-los com capas bonitas para apelar para colecionadores. No japão, um DVD com apenas 3~4 episódios pode chegar a custar mais de 90 dolares, um valor exorbitante, mas colecionadores e hobistas são muito "apaixonados" financeiramente nesse processo, muitos trintões solteiros moram em casas relativamente pequenas ganham bem e não tem dinheiro com que torrar nem tempo com o que ocupar, e acabar se dedicando MUITO a hobbies. Cobrando 90 dolares por unidade, vendendo 8000 dvds, que não é um número tão grande assim, com 45% de remuneração da produtora, significa que eles conseguiram adquirir 324.000 dólares só com a venda de DVDs. A produção de um anime de 12 episódios, com os processos modernos de digitalização tem ficado cada vez mais barata e perto da casa de um milhão. 8000 dvds é um número MUITO pequeno e represeta, de fato, um nicho pequeno, mas o interessante, é que se formos ver os títulos que mais fizeram famosos, vendendo mais de 300 mil cópias nos ultimos anos, foram títulos mais mainstreans como Evangelion, Steins Gate, Madoka ou Bakemonogatari. K-ON de fato é um fenômeno único e vendeu bastante mas animes de moe ou ecchi "hardcore" acabam ficando em números mais modestos na casa das dezenas de milhares. Quando a obra é BOA de verdade, o público mainstream absorve bem então é mentira dizer que os Otakus tetudos virjões viciados em moes que sustentam o mercado, isso é uma falácia. Eles sustentam os pequenos mercados de nicho, aqueles que eles mesmo consomem, assim como é valido para os principais nichos, o exemplo de chihayafuru por exemplo do artigo do blog que citei, um anime bem escrito de romance e cultural, sem apelos exagerados de fanservices, inteligente e focado para o público josei, teve vendas e rankings excelentes, extrapolando as previsões de vendas e números super elevados que vão além de fujoshis tetudas e entram em fãs mais casuais também.

Vocês podem ler o processo de venda mais detalhadamente na parte 2 do artigo da ANN

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